<$BlogRSDURL$>

quinta-feira, dezembro 06, 2007

sub-título 

pronto, o "estagio estagio estagio" já se foi.
e agora, o que é que escrevemos?
"neurose 23 volta a atacar"?
"em delírio. take 3"?
"eu é mais bolos"?
ou não escrevemos nada?
eu acho que sou pelo nada.

e da imagem,
eu para já deixava assim
...venham os posts.

manela

terça-feira, dezembro 04, 2007

era uma vez... 

um bando de arquitectos...
vamos lá ver o que sai destas cabeças.
eu ainda não estou muito iluminada,
mas prometo algo decente,
... um dia...

manela

domingo, dezembro 02, 2007

Reactivacao 

O blog vai voltar a actividade!
cs

sábado, junho 11, 2005

neurose23 

neurose23
fiquei tão emocionada por ainda me lembrar da palavra-passe que até me esqueci de assinar!
beijos e abraços a todos os neuróticos aquém e além fronteira,
marlene
ps - insanidade temporária pré entregas finais, lol

neurose23 

neurose23
então? isto anda adormecido... vamos acordar!
qd é q os neurótico regressam à Lusitánia? temos qu marcar um evento, não?

domingo, fevereiro 13, 2005

Just say No 

Nesta campanha eleitoral percebi, por fim, porque se opõe tanto a direita à legalização das drogas leves.

Depois de Santana Lopes ter colocado Nuno da Câmara Pereira em lugar elegível para a Assembleia da República, Paulo Portas ter defendido os direitos da classe média, Nobre Guedes ter pedido um levantamento popular em Coimbra e Fernandes Thomaz não só ter proposto um Museu da Bíblia no Norte e um parque de diversões como a EuroDisney no Sul como ainda ter afirmado que foi para a Secretaria de Estado dos Assuntos do Mar quando a única ligação que lhe tinha era da umas idas à praia, está mais que visto que eles passaram directamente para as drogas duras.

J.Mendes

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

CAROLINAAAAAAAAAAAAAAA 

Xaraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

É o que dá nao ter nada para fazer....

Em caso de dúvida, quebre o vidro e carregue no botao 

Nunca mais sao 5 e meia....

domingo, fevereiro 06, 2005

ouvindo beth gibbons and rustin men 

desde que vim para a holanda passei a ler com mais frequencia o publico e o dn madeira, passou mesmo a ser uma necessidade matinal, dar 1 vista de olhos por determinados sites antes de comecar a trabalhar.
isto para dizer que a holanda despertou em mim uma curiosidade anormal a respeito do que se passa em portugal. Porquê?


sexta-feira, janeiro 28, 2005

Philip Johnson 

"Philip Johnson, the innovative architect who promoted the "glass box" skyscraper and then smashed the mold with daringly nostalgic post-modernist designs, has died. He was 98.
Johnson died Tuesday night at his home in New Canaan, Connecticut, according to Joel S. Ehrenkranz, his lawyer." (CNN)

O Philip Johnson morreu, no dia 25 de Janeiro, com 98 anos na sua "Glass House".

quinta-feira, janeiro 20, 2005

ohhhhhh joao!!!!!!! 

nao sei como, desaparecereu tudo da barra do lado esquerdo. Tens que ver isto. Nao tenho paciencia.

c.sumares



Chove muito hoje 

A malta, que ja devia estar a trabalhar para a prova final, decidiu que vai concorrer ao concurso da UIA. Se tudo correr bem este e o ultimo ano em que podemos participar.

Os primeiros 6 meses de estagio estao a chegar ao fim. Uns conseguiram renovacao de contrato, outros vao procurar outras paragens. A verdade e que ate os "paises ditos superiores" andam a rasca. Nao ta facil. ohhh vida de arquitecto

c.sumares

terça-feira, outubro 26, 2004

o projecto 

infelizmente "oprojecto" vai de ferias.

o neurose fica triste.

terça-feira, setembro 28, 2004

a malta anda por terras estrangeiras 

Pois e ... pois e....

Andamos todos por ateliers holandeses e quem ainda nao lucrou com isso foi o blog

A vida de intern nao e facil...e nenhum de nos esta na OMA

quarta-feira, junho 09, 2004

De volta!!!! 

Há muito tempo que não punha nada aqui, então decidi publicar parte do meu trabahlo de História....das 10 páginas estão aqui cerca de metade (deixei um capítulo de fora, sobre as visões da História na Europa do Pós-Guerra).

Esperemos que agrade à clientela.

Introdução 

Ora, se volessi tracciare una biografia di quella casa, dovrei racontare la storia di una illustre signora, mi troverei a ripercorrere la mia vita, ovrei ripensare alle mie origine, al luogo per il quale ho immaginato la casa, ovvero la spiaggia di Senhora de Luz”(1)

Ao ir conhecendo a obra de Fernando Távora descobri uma História que vai para além da disciplina, a história dele e de tudo por que passou, numa serena inquietação da busca de valores que apelem à modernidade e ao enraizar dos Homens num sítio, como se de uma metáfora sobre “o que é ser português neste momento e como é que chegámos a este ponto?” tratasse aquele conjunto de edifícios.

Como qualquer história, o que nela me prende é a imperfeição dos seus traços e a bonomia de quem aspira a ser verdadeiro, não cristalizando o que se constrói numa época precisa, permitindo que cada um dos seus capítulos envelheça lenta e demoradamente até fazer parte do mesmo imaginário onde Távora foi buscar as suas referências.

Não sendo uma arquitectura de certezas e de estilos, mas antes de paixões, o Tempo parece ser um dos motores do gesto para Fernando Távora, com a ponderação de cada corpo enraízado na realidade que o rodeia.

Il progetto scaturisce e i sviluppa da tale storia e solo grazie ad essa si può comprendere come non sia un accidente, l’esercizio scolastico di un architetto che progetta edifici su pilotis” (2)

(1) Távora, Fernando in Casabella nº 678, Maio 2000;
(2) idem, ibidem;

Portugal, História, Tradição e a Casa Portuguesa 

O problema do enquadramento da tradição na arquitectura não é exclusivo nem a Portugal, nem ao século XX: Viollet-le-Duc e Adolf Loos abordam o assunto no séc. XIX (o primeiro no princípio do século, o segundo no seu crepúsculo) defendendo a compreensão das culturas vernaculares contra o historicismo pastiche das Academias Neoclássicas.

Lluis Domènech i Montaner, no início do século XX afirma que seria impossível a um estilo representar uma região, seria tão-só filho de uma civilização, à qual corresponde uma forma de pensar num tempo, defendendo antes a identificação com motivos regionais, específicos a cada intervenção e sempre evoluindo de uma raiz empírica (12).

Portugal, país conservador, muito marcado por um regime de nacionalismo duvidoso e com uma Academia de Belas Artes muito influenciada pela escola francesa, é assolado por historicismos românticos, destinados a enaltecer o passado glorioso do país. (13)

A Casa Portuguesa aparece como uma forma de legitimar essa bajulação da tradição que tantos feitos gloriosos tinha gerado e quando Raúl Lino, de formação alemã, apresenta o seu estudo é muito bem aceite dentro dos meios burgueses.

O objectivo de tal empresa era o de unificar um território pela sua construção, descobrir uma verdade universal e uma linguagem comum na arquitectura vernacular, enaltecendo o ”ser português” numa altura em que já o fascismo apostava na propagandização do tradicionalismo como a raíz do verdadeiro Portugal.

Em O Problema da Casa Portuguesa, Távora tenta mesmo desmistificar esta ideia de uma arquitectura nacional una, ao mesmo tempo que acusa o estilo vigente de “bisantinices arqueológicas” (14), comentando que a verdadeira arquitectura nasce da união do Homem com a Terra e que será na fusão da verdadeira tradição vernacular (não estudada na data) com os preceitos da arquitectura actual que reside a verdadeira modernidade (não em copiar o passado ou prever o futuro, mas em equilibrá-los no presente).

O Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa, o maior levantamento do vernacular no país, mais do que estabelecer essa ponte com a História da verdadeira arquitectura do país vinca a sua variedade tipológica e de linguagem tectónica (contrariando a ideia do regime, que o havia patrocinado na esperança de ter na arquitectura um estandarte da identificação nacional pela ideologia fascista), ao mesmo tempo que fundamenta a opção racionalista de tal análise (talvez viciando a inocência com que teria de ser feito).

Ao legitimar o vernacular como o racional por excelência deu-se à História o mais forte motivo de integração na leitura de algum modernismo português(15), influenciado tanto pelo Estilo Internacional como pelas emergentes dissidências do mesmo, nomeadamente nos arquitectos italianos.

(12) Domènech i Montaner, Lluis in En busca de una arquitectura nacional;
(13) Alves Costa, Alexandre in A problemática, a polémica e as propostas da Casa Portuguesa;
(14) Távora, Fernando in O Problema da Casa Portuguesa; Cadernos de Arquitectura, Lisboa, 1947;
(15) Teotónio Pereira, Nuno in Architettura popolare, dall’inchiesta al progetto; Revista Domus nº 655, 1984;

Conclusão: Projecto e História no Convento de Gondomar 

O Convento de Gondomar pode considerar-se como das últimas obra de uma série de Fernando Távora (incluindo o Pavilhão de Ténis da Quinta da Conceição, a Escola do Cedro e a casa de férias de Ofir), que encaram a fusão da linguagem moderna com as tradições vernaculares da região como a alternativa única à evolução do modernismo, podendo considerar-se como um híbrido, um momento de transição em que os valores de obras anteriores já não aparecem tão vincados, não havendo ainda uma orientação futura clara.

Se na Escola do Cedro e no Pavilhão de Ténis da Quinta da Conceiçãoe Conceição era clara a mistura de linguagens e modernismo referências à História como vernáculo e à plasticidade do modernismo, em Gondomar nota-se já uma inversão perante esse modelo.

Não havendo inovações tipológicas no programa dos conventos durante o séc. XX (em La Tourette, Le Corbusier reproduz fielmente um conjunto dominicano que domina a paisagem e tenta em simultâneo relacionar-se com a Natureza e separar a vida conventual do exterior) constatar-se-á que a disposição dos compartimentos do convento segue regras clássicas, não fugindo à regra dos modelos deste tipo de edifício.

Sobre as igrejas conventuais femininas afirma Paulo Varela Gomes que a ”porta pública é lateral ao corpo da igreja porque está tomado pelos coros o enfiamento do eixo longitudinal do corpo edificado. Entrando de lado, o leigo é imediatamente atraído para o altar-mor (…) desviando portanto o olhar e a atenção dos coros das freiras. […] Todas as igrejas conventuais femininas têm confessionáris e comungatórios sob a forma de dispositivos de transposição parcial e ritualizada das paredes”(16), sendo precisamente isso que acontece na capela do Convento de Gondomar.

Se o brotar da Terra (pelo embasamento de granito nas paredes exteriores, igual ao do pavimento) e a presença de pormenores remetem para a tradição popular de construção (vejam-se os exemplos apresentados no Inquérito sobre a arquitectura minhota, demonstrando o seu aspecto sólido e o enraízamento no chão em que são construídas as casas), a fragmentação em diferentes volumes que se articulam no interior pelos percursos que formam, a relação entre interior e exterior e a posição relativa dos corpos no lugar parece ter mais a ver com o Neo-Empirismo nórdico que com Le Corbusier ou Frank Lloyd Wright, estes referências assumidas de Távora.

Apesar de Távora nunca reconhecer influências Alvar Aalto na sua obra, dificilmente não serão notadas as suas influências no convento, talvez mais ainda que na Escola do Cedro.

O perfil da Igreja de Vallila de Aalto é muito semelhante à primeira proposta de Távora para a capela: o plano único do tecto ascende na direcção do altar, de onde sobressai um elemento mais alto, com cobertura plana, vincando a cabeceira do espaço.

A evolução desde o Mercado da Feira e dos primeiros planos urbanos, notoriamente ancorados no modernismo internacional até ao Convento de Gondomar é a de quem reconhece o Tempo na arquitectura e a importância de uma comunidade na definição da cidade –mencionando várias vezes a importância das noções de centro introduzidas pelo TEAM X no enriquecimento do debate dentro dos CIAM-, mercê talvez das palavras de Rogers ou de Aldo van Eyck (“...a projecção do passado até ao futuro pelo presente que se cria” (17)), apesar de nunca “soldar a tradição culta com a tradição popular (...) porque é uma distinção que não lhe importa” (18), que é o mesmo que afirmar que para Távora, o Tempo é uno e a sua curva não destrinça o popular como parente pobre do erudito: tudo lhe vale na referenciação como arquitecto, faz parte da sua cultura.

No convento de Godomar pode observar-se esse apego à História independentemente da sua origem: um programa conventual clássico, onde a tradição e o moderno são utilizados de acordo com a solução pretendida: se as padieiras fazem alusão ao vernáculo minhoto, o refeitório desenvolvido em escada é um modelo comum aos conventos (em Santa Maria da Batalha isso acontece), mas o alçado dos dormitórios apnta para um edifício de habitação modernista.

Nas obras posteriores ao convento, Távora assumirá uma visão da História diferente: a recuperação e mimetização de linguagens clássicas também pode ser uma atitude moderna, assim como a ruptura pode conter valores do passado, na sua universalidade como na Pousada de Santa Marinha da Costa (por coincidência ou não, em 1966 são publicadas duas obras seminais nas leituras da aplicação da História como matéria de Projecto e que alterarão a sua visão : A Arquitectura da Cidade de Rossi e Complexidade e Contradição na Arquitectura, de Robert Venturi).

O seu objectivo, no entanto manteve-se o mesmo: dotar uma história à sua arquitectura, um passado, um presente e um futuro, na imprecisão de quem não domina o tempo, mas o quer fazer valer.


(16) V. Gomes, Paulo in Conversas à volta dos Conventos; Casa do Sul Editora, Évora, 2004;
(17) Van Eyck, Aldo in El interior del tiempo; 1969;
(18) Alves Costa, Alexandre in Legenda de um desenho para Nadir Afonso

terça-feira, junho 08, 2004

Toma lá mais uma 

Nas minhas excavações arqueológicas pelo cibermund de vez em quando encontro umas pérolas.

Aqui fica mais uma, estava enterrada debaixo de quilos de poeira e antigas figuras de terracota micénicas....

  • Top ten nip slips


  • Também aconselho a série "you are a fucking moron" aqui
  • Z Toons

  • quarta-feira, maio 19, 2004

    Sugestões do Dia 

    Pelo interface gráfico

  • FUNNEL

  • Motiongraphiks

  • Termoblue



  • Pela mordacidade

  • Brutally honest personals

  • Why you should never put your picture on the internet



  • Pela violência

  • SMILE



  • Pela estupidez

  • Happy fun song

  • Bananaphone



  • Pelas recordações

  • Lemmings Universe

  • quarta-feira, maio 12, 2004

    Quentinhas e boas 

    É bem verdade, houve UMA alma que votou que não somos governados por um bando de idiotas (26 votos contra um, uma vitória retumbante do Sim sobre o Não).

    Se o dr. Barroso soubesse....

    Quanto à existência de Utopias, a votação foi mais equilibrada vencendo à mesma o Sim, com 15 votos contra 11 do Não.

    Assim sendo, vamos ver as classificações finais

    Somos governados por um bando de imbecis?

    Sim - 96%
    Não - 4%

    Ainda há utopias?

    Sim - 58%
    Não - 42%

    Miséria de vida 

  • Lodger


  • Mais uma pérola do ciberespaço.......

    terça-feira, maio 11, 2004

    Os amiguinhos 

  • Happy Tree Friends


  • Com o selo e qualidade do Comité de Estética.

    Altamente recomendado...vejam os episódios e deliciem-se com tudo!


    J.Mendes

    sábado, maio 01, 2004


    a opção é tua

    sexta-feira, abril 23, 2004

    Pandora 

    O nome não era feliz, mas O NEUROSE FOI UM DOS VENCEDORES DO CONCURSO DA UIA EM PORTUGAL!!!!!!!

    VIVA O PANDORA! VIVA AVEIRO! VIVA TODOS! VIVA O CÃO! VIVA O GATO! VIVA O PAI, A MÃE, A IRMÃ, O IRMÃO, O AVÔ, A AVÓ, O TIO, A TIA, A PRIMA, O PRIMO, O AMIGO, A AMIGA, O PERIQUITO, O PAPAGAIO, O HAMSTER, O PADEIRO, O GERENTE DO PINGO DOCE, O FCP, O SCOLARI, O SIZA, O ERNESTO NATHAN ROGERS, A INGRID, O ADVOGADO, O MÉDICO, A GAJA BOA, O GAJO BOM, O GORDO, O MAGRO, O FINO, O POBRE, O BETO, O VIZINHO QUE NUNCA CUMPRIMENTA, A SENHORA DO 3ºA QUE SÓ Vê NOVELAS..............TODINHOS!

    Pronto, já passou.

    J.Mendes

    domingo, abril 11, 2004

    Férias 

    A gerência pede desculpa pelo desleixo, mas tanto as entregas pré-Páscoa como as férias criaram algum desleixo nas participações aqui no blog.
    Assim o Instituto de Meteorologia e Geofísica prevê mais uma semana de freca pluviosidade e tempo cinzento seguida de várias de intenso calor

    O metereologista de serviço, Anthímio de Azevedo

    quinta-feira, abril 01, 2004

    Verdade de 1 de Abril 

    O arquitecto Rober Venturi vai fazer uma doação para o leilão de desenhos.

    terça-feira, março 30, 2004

    In memoriam 

    Há coisa de um ano estávamos no fim de uma etapa.
    As conferências Neurose23 apresenta iam começar e o mais difícil tinha passado, agora só faltava tratar bem dos convidados e assegurar que nada saía do lugar.

    Depois de um mês em que por pouco não nos matámos uns aos outros (lembro-me de uma reunião particularmente acesa, em que só nao houve linchamentos por sorte: o Hugo a mim -mea culpa, reconheço -, eu, o Rui e a Carolina a quem queria adiar as conferências e, por momentos, todos a todos.....)

    O fim-de-semana de 28 a 30 de Março também tinha sido dramático: o convidado da ACTAR não sabia se podia vir (primeiro disse que sim, depois que não, depois que sim, depois que não, depois que sim....), íamos endividar-nos e o painel do terceiro dia de conferência não se sabia se existia; o Hugo quis desistir..... enfim, um mês de trabalho intensivo tanto para o neurose como para a faculdade estava a dar cabo do nosso sistema nervoso.

    Passei esse fim-de-semana doente e quando voltei ao Porto a Carolina convenceu-me a passar pela FAUP antes de ir para casa. Afinal, sempre era o meu aniversário e tinha bolo, sumo e os restantes membros do neurose à minha espera ( isso pareceu-me mais importante que a preparação da nossa conferência, a primeira das nossas vidas e do ciclo).

    Deu um trabalho brutal, queimámos muitos neurónios e houve momentos em que nos odiámos, mas nada me tira da cabeça a Raquel a ler o fantástico texto sobre o que seria um comportamento neurótico, a Gi a recitar o texto do peixinho do Herberto Helder (com um aquário em cima da mesa, com um peixe vermelho se não me engano da Inês) com que o arq. Manuel Mendes iniciava o ano lectivo....ou o Miguel em pose muito composta a falar de moda e a Juliana a tentar desesperadamente rebentar um balão sem se rir.

    A arq. Teresa Fonseca a dizer que tinha deixado uma lampreia à bordalesa para ouvir falar de Aberti e culinária e a tínhamos enganado.........

    O Santiago Cirujeda a bater na atitude dos professores que tinham assisitdo à nossa conferência......

    O arq. José Pulido Valente a chamar escarro à Casa da Música (mesmo não concordando com ele)........

    Faz um ano agora.

    Parabéns a nós.



    J.Mendes

    segunda-feira, março 29, 2004

    Saídinhos da agência de notícias LUSA 

    Após várias contagens dos votos, podemos publicar o resultado das sondagens efectuadas.

    A luta foi renhida, mas a mamã ganhou ao papá, com 9 (60%) e 6 (40%) votos, respectivamente.
    Uma maioria absoluta para a mamã que lhe permitirá dirigir ocupar o cargo de Presidente da República sem grande controvérsia.

    Já se fala da mudança de liderança do papá, mas o partido não comenta.


    Quanto às legislativas, apenas se sabe que nenhum dos manifestos mencionados deverá ser o mais relevante nas épocas que se avizinham, governando nos próximos anos com maioria absoluta (7 votos, ou 58%).

    Neste cenário não será necessária uma coligação com o Dicionário Metapolis de Arquitectura Avançada (1 voto, 8%).

    A oposição, Delirious New York (2 votos, 17%), Metapolis e A Cyborg Maniphest (cada um com 1 voto, 8%) já congratulou o vencedor.

    É de notar uma viragem ao centro, ou como comentou Nuno Rogeiro "gosto de favas, mas prefiro lampreia".


    A gerência

    domingo, março 28, 2004

    Vale a pena......... 

    A gerência aconselha este quebra-cabeças, bom para descomprimir depois de um dia de trabalho (isto se os jogos da Yetisports não vos satisfizerem....)

  • Crimson Room

  • sábado, março 13, 2004

    Coincidência 

    Da mesma forma que, no serão de 11 de Setembro de 2001 a SIC nos presenteava com uma magnífica obra cinematográfica, o Rambo III (por mero acaso da fortuna dedicado aos bravos guerreiros afegãos), a TVI transmitiu hoje um filme em que um renegado irlandês plantava bombas pela cidade de Boston, espalhando o caos segundo premissas políticas, no mínimo, duvidáveis.

    Acaso? Sentido de oportunidade? Esperança de lucrar com a psicose massiva que se avizinha? Ou simplesmente falta de tacto?



    J.Mendes

    As cidades no raiar do Terceiro milénio 


    Nova Iorque, EUA



    Madrid, Espanha


    E assim também se altera a memória das cidades.......

    sexta-feira, março 12, 2004

    Actualização 

    Hoje fazemos algumas pequenas alterações ao blog, nos sites e nos links....aperfeiçoamentos!
    Podem dar sugestões, serão muito bem aceites.

    A gerência

    Estripando 

    Os escravos vivem para servir-nos, talvez devêssemos abri-los para sabermos se levam escravos dentro, e depois abrir um rei para ver se tem outro rei na barriga, e olha que se encontrássemos o Diabo e ele deixasse que o abríssemos, talvez tivéssemos a surpresa de ver saltar Deus lá de dentro.

    Imagine-se o escândalo se pastor se lembrasse de abrir Deus para ver se o Diabo lá estava dentro.



    Manuela Lomba, apanhado de José Saramago

    quinta-feira, março 11, 2004

    Escola do Porto 2 

    Por regra não gosto de me pronunciar publicamente sobre assuntos de escola, da sua filosofia intrínseca e dos resultados por si produzidos, mas faço meu o post da Carolina e acrescente (creio) mais alguma coisa.

    O SIZA NÃO FAZ ESCOLA.

    Tenho dito.



    J.Mendes

    Escola do Porto 

    " Sem sentir necessidade de um trabalho teórico legitimador, a Escola do Porto flutuará à deriva, ancorada nas precisões infinitas dos desenhos de Siza.
    No interior da escola do Porto- com a excepção de Nuno Portas- não há criticos, há manifestantes, não há critica, há manifestos.
    Há uma determinante: a razão não se separa da poesia, o objecto de estudo é sempre o objecto amado que se quer revalidar.
    " (1)


    Figueira, Jorge inEscola do Porto:um mapa critico;

    Carolina Sumares

    terça-feira, março 09, 2004

    Homenagem 

    Para mostrarmos que a arquitectura é uma arte pluralista decidimos fazer um minuto de silêncio em honra de Sir Alex Ferguson e de Gary Neville, que ainda há pouco tempo tinha dito que os jogadores do FCP eram "um grupo de meninas".
    Ele, pelos vistos, é alguém que nem a um grupo de meninas consegue ganhar.
    E agora silêncio, que se vai cantar o fado!









    Pode ser que na Quinta-Feira o Benfica também beba umas italianas à moda de Internazionale.

    sexta-feira, fevereiro 27, 2004

    A Paixão 2 

    A Viagem de Chihiro é uma das traduções de um título mais cretinas dos últimos tempos já que o filme não trata da viagem de Chihiro propriamente dita, mas sim de um pequeno intervalo nessa mesma durante o qual a protagonista se irá descobrir e pôr em questão todo o mundo que conhece.

    O título original, Sen to Chihiro no kamikakushi significa (numa tradução muito livre) A espiritualização de Sen e Chihiro.

    "At Yuya, which is ruled by Yu-baaba, if Chihiro says one word like "No" or "I wanna go home," the witch would quickly throw Chihiro out. She would have no choice but to keep aimlessly wandering until she vanishes, or is changed into a chicken to keep laying eggs until she is eaten. In turn, if Chihiro says "I will work here," even the witch cannot ignore her. Today, words are considered very lightly, as something like bubbles. It is just a reflection of reality being empty. It is still true that a word has power. It's just that the world is filled with empty and powerless words." (1)

    Trata-se de palavras, da força que elas imprimem sobre o corpo, do poder que a palavra tem na transmissão de uma ideia que resultará num acto e da ambiguidade da linguagem reflectida num Mundo onde Bem e Mal coexistem sem nunca se destruírem. Visto desta forma, o mundo em que Chihiro entra não seria muito diferente do nosso não fosse o primeiro contacto com a complexidade das relações feita nesse mundo de fantasia, já que no mundo real ela está dissimulada dos olhos das crianças.

    "The act of depriving (a person) of one's name is not just changing how one (person) calls the other. It is a way to rule the other (person) completely. Sen becomes horrified when she realizes that she is losing the memory of her name, Chihiro." (2)

    Em japonês Sen e chi são pronunciações do mesmo caractere, significando "um milhar", enquanto que hiro se traduz por "fathom", uma unidade de medida com cerca de 1,8m.

    Insinua-se assim que Sen já fizesse parte de Chihiro antes da sua entrada em Yuya, e que a Chihiro que regressa com os pais ao carro não é a mesma que entra no mundo de Yu-baaba, depois de ter acordado as capacidades que continha latentes na sua personalidade.

    Ao mesmo nível ponho a questão da linguagem na arquitectura.

    Até que ponto uma forma conduz a um comportamento quase que pré-programado? Há um significado intrínseco a cada forma?

    "There is an inherent suggestion of action in images of architecture, the moment of active encounter, or a promise of use and purpose", afirma Juhani Pallasmaa (2) sugerindo que a interpretação da forma enquanto acção não depende exclusivamente das suas características físicas, mas também de um léxico de pré-conceitos de utilização relativamente a objectos. Uma escada só será então utilizada por alguém a quem tenha sido ensinado como se sobem e descem degraus, tornando-se obsoleta ou desajustada para alguém que não saiba a sua função.

    A arquitectura pode também ser vista como uma forma de manipulação, ainda que, há semelhança do que acontece com a palavra a marca deixada em cada indivíduo não seja exactamente a mesma nem tenha sempre a mesma profundidade, só se prevendo até certo ponto que elemento poderá causar que reacção.



    (1) Hayao Myiazaki, autor do filme A Viagem de Chihiro em entrevista ao site Nausicaa.net;
    (2) idem; ibidem;
    (3) Pallasmaa, Juhani; The Eyes of the Skin - Architecture and the Senses; Academy Editions, Londres, 1996;


    J.Mendes

    quinta-feira, fevereiro 19, 2004

    O futebol é uma filosofia 

    "É um balanço positivo, que me permite interessante separação de águas entre situacionistas e os que estão de facto interessados na modernização e credibilização do futebol profissional português".


    O futebol necessita de intervenção dos poderes públicos, não é por acaso que os situacionistas ainda insistem na possibilidade do futebol se auto-regular.




    Dias da Cunha, Presidente do Sporting Clube de Portugal dixit




    Alguém lhe devia explicar o que é o situacionismo.

    Agora imaginem o fenómeno no futebol....estádios constantemente reutilizados, destruídos, reconstruídos para criar acções e suas reacções.

    Quem quisesse tomaria o jogo nas mãos, durante o seu decorrer.

    Não mais teríamos um desporto, mas uma manifestação artística das mais violentas e criativas em que cada um seria responsável pela possibilidade de causar situações no mundo da bola nos pés.

    É melhor nem entrar no campo das psico-geografias......

    Só me vem à cabeça a possível imagem do Debord orientando a movimentação das balizas para as bancadas enquanto decorre o jogo.



    J.Mendes

    sexta-feira, fevereiro 13, 2004

    menina.... para quem é a dedicatória?........ 

    A bem da sociedade, a Ordem dos Arquitectos decidiu implementar uma medida para não desgastar um dos seus ídolos.

    A partir de agora, todas as conferências de Álvaro Siza Vieira terão uma tendinha de feira onde um sósia do arquitecto passará o tempo a distribuir beijinhos na face, autógrafos e, nos dias bons, posará para fotografias ao lado de quem queira, por apenas €2,5.

    Desta forma pretende a Ordem zelar pela manutenção de um tesouro nacional, muitas vezes espezinhado por magotes de gente que só quer um autógrafozinho do arquitecto.

    Os primeiros dez a chegar à tenda terão ainda direito a uma caneca de porcelana com uma imagem da Helena Roseta (ou do João Belo Rodeia, dependendo das preferências) em pose de estadista.


    J.Mendes

    This page is powered by Blogger. Isn't yours?